Amor náufrago maneirista,
Claro-escuro alternado em dor e deslumbramento...
Um dia, me deixei tragar pelos olhos de um oceano de palavras mudas e cálidas.
Afundei.
Fui até o nascimento da última anêmona, no final da curva obscura do último abismo cintilante.
Morri.
Transmutei-me em rocha estilhaçada...
concha partida por entre mil faces marinhas.
Semblantes de peixes, olhos, guelras...garras, espinhos, escamas translúcidas...
Morri novamente, desta vez infinda pela última vez.
Hoje trago experiências de sobrevivente
de amores aprofundados em mágoa e encantamento.
Vivo absorta com a cintilância das areias,
caminhando até o último cais
para lugar nenhum.