terça-feira, 26 de novembro de 2024

Aquele clima

 As emoções. Ah, as emoções...

não são tão criativas. 

Só variação do mesmo tema.


Acordei.

Coloquei alguns baldes novos sob goteiras velhas.

Não! Não consegui reparar o teto da melancolia. Sempre pingando.

E faz frio! 

E está escuro! 

E eu me sinto, novamente, 

sozinha

E a janela se abriu, de novo, com o vento que venta sempre do mesmo lado. Só que mais bravo!


Fui tentar fechar a janela que vi encupinzada em hora tão imprópria. E o que levei foi uma bordoada!


Respiro,

 Fecho os olhos,

Outra vez.

Tudo é ilusão.



domingo, 4 de fevereiro de 2024

sem pé, nem cabeça

 A pequena donzela acredita em certas invenções que a fizeram entender - por via de mão única - o que é o amor. É exigente, em sua expectativa de jovem coração sentinte. Excessivamente magoado, pois o mundo amoroso é outra coisa que descobriu que não sabe.

A jovem dama aprende, lentamente, a caminhar descalça. Disposta da metade do séquito de seus pensamentos fiéis na obsessão por dominar a natureza de tudo o que conhece. Mal. 

Por vezes, esta mulher petite fille deseja o colo soberano de todo o sol no azul. Luz somente para ela. Mas, a luz é de campo e não de jardim. Mãos monárquicas com gesta de roça. Semear, adubar. Tempo certo de colheita.

Cafezal.

Perdeu-se. Desacostumada no não ter. Ou ter de outro jeito. Ser de outro modo é capinar.

sem o esforço de se esperar somente o que sequer... pois tudo é caminho.