Agora eu tenho a certificação das
respostas que já me haviam sido concedidas. Mas,
estou numa nebulosa de incredulidade.
Entretanto, o choro que de ti emana clama
por minha aceitação. Triste litania recém-nascida, resumida vulnerabilidade
neonata.
Sinto-me uma das Pietás, a mais perplexa de todas a carregar
morta em seus braços a esperança de ver algum dia o amor em sua grandeza.
Não cantarei para ti canções de
acalanto. Há tempos que minhas rimas vêm galgando a maioridade das incertezas.
Não há porto seguro em meus
seios. Como não há proteção órfã.
Encontraste tua mãe às avessas,
essa Medéia que te prepara o leite e que mata o amor do qual tens fome. A que
provém lágrimas em que resta senão sal. E o sal mata o que brota para crescer.
Confortáveis na orfandade...
Enquanto te liberto para voltar para
teu amor-berço de pedra, o que por tão pouco não criamos jamais vê crescer o
que tu sentes. Tu não vais para lá do teu medo: esse velho morto vivo, mas, pesado
e insepulto soberano.
Será preciso continuar sem ti. Meu
amor não alicia, não perverte o gozo, não reverencia a vilania.
Meu amor respira, cresce
e matura. Morre para renascer.
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