segunda-feira, 11 de julho de 2016

Sinal fechado II

Sua imagem de semáforo pôs sinal vermelho no meu percurso:

"PARE"

Atônita, a princípio não soube o que fazer... na rua da minha existência, a sinalização é feita de outro jeito. Acho que na rua da minha existência, os guardas de trânsito se revezam. São gentis e fazem acrobacias (cronometrando para não atrapalhar as idas e vindas).
Os carros são transparentes, movidos a uma espécie de essência à base de lixo.Que não se chama mais lixo e sim "Prática de sustentação". Dele se extrai a "gasolimpa".

Mas, sua imagem de semáforo pôs sinal vermelho no meu percurso (como ia dizendo).
Apesar de estar fora de contexto, esperei o que sua imagem queria comigo.
Olhou-me, sorriu, se lembrou.
Olhei. E esperei. "_ Uma hora o guardinha vai ter que apitar!" (Pensei comigo)

Com sua imagem de semáforo, tive de esperar o desfile de todas as minhas frustrações e carências de amor. 
Umas vinham tresloucadas. Outras dançavam. Algumas choravam.
Até o carro alegórico da agonia desfilou!
Esperei passarem (estava eu a pé).

Foi quando o guardinha apitou! Rota livre, enfim!
O guardinha me pegou pela mão, auxiliando-me a atravessar aquela avenida larga. 
Não havia mais perigo de eu ser atropelada.
"_ Pode continuar" .

Nenhum comentário:

Postar um comentário