terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Anti-último

Um espinho de roseira
Entrou há tempos e rasga ainda
aos poucos.
Hora pára.
Hora medra secar
e desaparece.
Hora volta
ludibriando a cicatrização frágil
que nunca se deu.
Noto os dias em que a ausência parece definitiva em mim.
até de uma alegria  tipo macchiato
Fico então feliz macchiata
tipo maré baixa.
Mas, mas...
desvirtuo o sagrado das promessas
se escuto uma canção qualquer
que lembre.
Que num dia europeu ouvi falar de um nome. E tudo se desfaz.

Sinto-me a última sozinha
De uma solidão sem portas.

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