uns poucos doidos mansos, e quem mais?"
("Luar para Alphonsus" - Carlos Drummond de Andrade)
"Amanhã, vem-me entrevistar uma simpática inglesa meio louca [...]
quinta-feira, vou tomar chá com uma portuguesa semi-louca,
que tem medo de sair de casa; eu só gosto de gente louca, desses loucos mansos,
maníacos que a vida entristeceu, que ninguém atura, e que eu acho encantadores.
[...]
E as suas demonstrações são de maior compreensão que a da gente normal;
e de uma certa categoria de amor, que os outros nem sonham.
Se eu não tivesse outras coisas a fazer, criava um salão de loucos
para conversar e fazer espírito, como no século 18."
(A lição do poema - Cecília Meireles) (carta LXXX)
Nenhum comentário:
Postar um comentário