O infinito esteve de braços abertos
na discordância embalando a ausência
Sentada a mirar o molhado da terra.
O quente da tarde e a sombra me contando histórias
do cimento tatuado de bolor.
O silêncio num céu azul e o descanso de todos os gritos.
Nada parecia amar o que minhas pequenas mãos desenhavam.
Nada por todos os arredores dos meus olhos.
O caminho de ferro das minhas lágrimas e o adeus invisível perpétuo.
As formigas também caminhavam em linha reta para lugar nenhum.
Meus pequenos grandes olhos vendo para cima.
Um amor que se herdou de música, noite e solidão.
Um amor...
Um amor incompreensível por aquela idade do diálogo dos hortelãs com a grama.
Deixaram caído meu catavento, esquecido junto da roseira cujos espinhos eram tímidos.
Esqueceram de saudar meu amor que não se disse, por medo.
O quarto minguante da lua na ponta dos dedos foi visto por meu olhar perdido.
O vento calou minhas sílabas infantis.
Dormi. Porque sempre me fecharam os olhos.
E não mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário